A notícia foi avançada pela RTP e confirmada ao Expresso por fonte da Polícia Judiciária: o agente da PSP que atingiu mortalmente Odair Moniz, na Cova da Moura, em Lisboa, foi interrogado e constituído arguido.
Entregou a arma que terá usado para disparar e saiu em liberdade. Segundo Públcio, fez pelo menos dois disparos na direção da vítima.
Segundo outra fonte policial, trata-se de um ainda jovem agente que saiu do penúltimo curso da PSP. De acordo com a sua versão dos factos e que foi divulgada pela PSP, a vítima fugiu ao volante de um carro quando foi mandado parar pela polícia. Entrou no bairro da Cova da Moura, abalroou vários carros e quando se despistou e terá reagido “violentamente” à abordagem da polícia com recurso a “arma branca”. Os agentes dispararam para o ar e na direção do suspeito que foi atingido por um tiro numa axila. Ainda foi levado para o hospital, mas acabou por morrer.
Segundo um comunicado da PSP, “quando os polícias procediam à abordagem do suspeito, o mesmo terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca, tendo um dos polícias, esgotados outros meios e esforços, recorrido à arma de fogo e atingido o suspeito, em circunstâncias a apurar em sede de inquérito criminal e disciplinar”.
A vítima tinha 43 anos e chamava-se Odair Moniz. Uma familiar garante que o carro que conduzia “era dele, com papéis no nome dele e tudo”. A organização Vida Justa exige “uma investigação séria e isenta”. “Os moradores dos bairros precisam de paz e não de serem assassinados”,
Segunda-feira à noite, no Bairro do Zambujal, onde Odair morava, um grupo de cerca de trinta pessoas incendiou caixotes do lixo e paragens de autocarro. Não houve detidos.