O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês anunciou, esta quarta-feira, que a conferência de apoio ao Líbano convocada pelo Presidente Emmanuel Macron decorrerá em 24 de outubro, visando mobilizar assistência internacional ao país onde Israel prossegue ataques contra o Hezbollah.

"Esta conferência ministerial reunirá os Estados parceiros do Líbano, as Nações Unidas, a União Europeia e as organizações internacionais, regionais e da sociedade civil", afirmou o Ministério num comunicado.

O objetivo "será mobilizar a comunidade internacional para responder às necessidades de proteção e de ajuda de emergência do povo libanês e identificar os meios de apoiar as instituições libanesas, em particular as Forças Armadas libanesas, que são os elementos de estabilidade interna do país", acrescentou o Quai d'Orsay.

A França enfatizará a necessidade urgente da cessação das hostilidades no Médio Oriente, que levanta questões internacionais como "o preço da gasolina e do gás, a ameaça do terrorismo, a questão das migrações", bem como a importância de uma solução diplomática e da eleição de um novo Presidente libanês para "manter unidade e estabilidade", afirmou o chefe da diplomacia francesa, Jean-Noël Barrot.

No sábado, o Presidente francês Emmanuel Macron anunciou a realização desta conferência, sem especificar uma data, perante a grave crise política e humanitária no Líbano, na sequência dos ataques de Israel contra o movimento xiita libanês Hezbollah, aliado do grupo islamita palestiniano Hamas, responsável pelo ataque sem precedentes de 7 de outubro de 2023.

A coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, disse que a proposta franco-americana para declarar um cessar-fogo de 21 dias no Líbano, apresentada pela primeira vez em 25 de setembro, continua em equação.

"Esse apelo conjunto a um cessar-fogo de 21 dias ainda está sobre a mesa e é muito relevante, logo não deveríamos descartá-lo, e não acredito que novas iniciativas vão acrescentar muito mais, pois os múltiplos apelos a um cessar-fogo estão muito claros", disse Hennis-Plasschaert numa conferência de imprensa on-line.