As assembleias de voto abriram às 07:00 (05:00 em Lisboa) e permanecerão abertas até às 21:00 (19:00 em Lisboa) ou até que votem todos aqueles que tenham chegado aos locais de voto até essa hora.
Os nomes de 14 candidatos presidenciais aparecem nos boletins de voto.
O favorito, de acordo com as sondagens, é o atual primeiro-ministro, o social-democrata Marcel Ciolacu, que as sondagens colocam em primeiro lugar com uma intenção de voto de 24%.
Os primeiros resultados deverão ser publicados assim que terminar o período de voto, com projeções através de sondagens à boca de urna, e os resultados oficiais devem ser conhecidos por volta das 23:00 (21:00 em Lisboa).
As sondagens preveem como quase certo de que os romenos terão de voltar às urnas no dia 08 de dezembro para a segunda volta, com os dois candidatos mais votados, na ausência de uma maioria.
Ciolacu deverá enfrentar na segunda volta o candidato de extrema-direita George Simion, a quem as sondagens dão uma intenção de voto de 15,4 % ou da liberal-conservadora Elena Lasconi (15,3%).
Simion, de 38 anos, é um adepto do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e é há muito uma figura controversa.
Fez campanha pela reunificação com a Moldova, que este ano renovou uma proibição de cinco anos à sua entrada no país por questões de segurança, e pela mesma razão está proibido de entrar na vizinha Ucrânia.
"Gostaria que nos próximos cinco a dez anos os romenos tivessem realmente orgulho em ser romenos, promovessem a cultura romena e os produtos romenos", disse Simion aos jornalistas na quarta-feira na capital, Bucareste.
"Como presidente romeno, promoverei os interesses romenos. Na maioria dos casos, os interesses romenos coincidem com os interesses dos parceiros", defendeu.
A Roménia realizará também eleições parlamentares no dia 01 de dezembro que determinarão o próximo Governo e primeiro-ministro do país.
Cristian Andrei, consultor político sediado em Bucareste, diz que a votação de hoje será "uma disputa renhida", na qual a diáspora provavelmente desempenhará um papel fundamental na passagem dos candidatos à segunda volta.
"Estamos num ponto em que a Roménia pode facilmente desviar-se ou resvalar para um regime populista porque a insatisfação [dos eleitores] é muito grande entre muitas pessoas de todos os estratos sociais", disse Andrei à agência de notícias Associated Press.
O consultor acrescentou que o grande défice orçamental da Roménia, a inflação elevada e um abrandamento económico poderão levar mais candidatos tradicionais a mudar para posições populistas para responder à insatisfação generalizada.
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