"Quando falei do mau momento, foi em relação às duas expulsões na mesma semana, que achei injustas. Faz parte do futebol, são coisas que acontecem e não posso pensar muito nisso. Assumi a responsabilidade daquele momento. Tenho vindo a demonstrar um bom nível na seleção, é um espaço onde me sinto cada vez melhor e a usufruir do meu futebol a um nível muito alto. Em relação ao clube, é melhorar quando lá chegar. Sempre exibi um nível de golos alto e tenho de viver com essas expectativas", realçou, recordando as expulsões frente ao Tottenham, na Liga inglesa, e FC Porto (3-3), na Liga Europa.

Em conferência de imprensa de antevisão à visita à congénere da Polónia, o médio do Manchester United abordou a situação menos positiva do clube, onde, desde o início da época, ainda não apontou nenhum golo, ao contrário do que sucedeu por Portugal, pelo qual marcou na vitória frente à Escócia (2-1), em setembro.

"Não é um momento positivo nesta altura em Manchester, não estamos a ganhar, mas o espaço de seleção é completamente diferente. Tenho-me sentido muito à vontade, posso desfrutar do meu futebol, em todos os jogos entramos para ganhar e as nossas dinâmicas são muito boas. Os jogadores têm saído beneficiados do que temos vindo a fazer. Depois, estou no meu país, falo a minha língua, tenho a minha comida, tudo isso mexe com o psicológico do jogador", explicou o médio Bruno Fernandes, de 30 anos.

Em relação ao adversário, o futebolista apontou os "grandes nomes" que figuram na seleção da Polónia, que apresenta como maiores armas o físico e as bolas paradas, o que a equipa das 'quinas' tem procurado trabalhar de forma mais vincada durante este estágio de outubro.

"Já estudámos o adversário, é uma seleção forte fisicamente e nas bolas paradas. Nós sabemos que é um dos pontos fortes deles e temos de ser pacientes com bola. Nós até podemos ter menos remates à baliza e menos oportunidades de golo, mas teremos de ser mais pacientes e circular a bola com mais intensidade", salientou também o médio.

Bruno Fernandes fez parte do grupo que venceu a primeira edição da Liga das Nações, em 2019, ao bater na final os Países Baixos, por 1-0, no Estádio do Dragão, no Porto, mas o centrocampista entende que o plantel atual é igualmente forte e tem ambição.

"Esta seleção tem essa fome de querer repetir esse feito de 2019. Nenhuma equipa portuguesa entra sem a ambição de ganhar. Somos uma seleção que respeita muito os adversários que encaramos e o objetivo só chegará se ganharmos jogo a jogo", frisou.

A comitiva lusa viaja hoje para Varsóvia, às 15:50.

O jogo entre Polónia e Portugal vai ser disputado no Estádio Nacional de Varsóvia, no sábado, às 20:45 locais (19:45 em Lisboa), com arbitragem do neerlandês Serdar Gözübüyük.

Três dias depois, a seleção nacional defronta a Escócia, em Glasgow, também com início às 19:45.

Depois de duas jornadas, Portugal, que venceu por 2-1 nas receções a Croácia e Escócia, lidera isolado o agrupamento, com seis pontos, contra três de croatas e Polónia e nenhum dos escoceses.

Os dois primeiros classificados de cada um dos quatro agrupamentos da Liga A da quarta edição da prova seguem para os quartos de final.

 

DYRP (LG) // MO

Lusa/Fim