A nova mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai dispensar 207 trabalhadores até ao fim do ano, adianta o jornal “Público”. Liderada por Paulo de Sousa, desde maio, a nova mesa pretende ficar com 5807 funcionários, para fazer cumprir um dos objetivos do plano de reestruturação que o novo provedor entregou à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: a redução da despesa com recursos humanos.

As linhas gerais apresentadas a Maria do Rosário Palma Ramalho integravam o plano estratégico para 2024-2027. No plano, é discriminado “o peso das despesas com pessoal, que em 2022 representaram 63% das receitas totais, devido a uma estrutura de grande dimensão, excessivos níveis hierárquicos e inúmeros cargos de chefia".

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ainda tem oficialmente ao serviço 6014 trabalhadores, com as despesas com recursos humanos a fixarem-se em 152 milhões de euros em 2023, e perspetivas de que superassem os 162,6 milhões em 2024.

A dispensa de trabalhadores deverá passar por um plano de reformas antecipadas e pré-reformas: a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem 1838 trabalhadores com 55 anos ou mais; 235 têm 65 ou mais anos, 1603 têm entre 60 e 64 anos e 1774 estão entre os 45 e os 54 anos.